quinta-feira, 7 de abril de 2011

O sal, pequeno texto e um poema.

Mané Young

O Sal era forma de pagamento na Roma antiga. Moeda de troca. “Salarium Argentum” de onde deriva em português “Salário”. A força do elemento, também está em várias outras expressões: “Pessoa sem sal”, “ O preço tá salgado “, “Sal da terra”, “Levou sal” .

O sal é o mais utilizado dos temperos e também importante conservante a garantir carnes, peixes e frutos do mar. Por tantos significados e por tanto valor, condenso em poesia a reverência devida.

O SAL

Sal, saberás o sabor.

Sal, serás do mar, essência e silencio.

Sal, cortarás os pés e mãos de Mossoró

e serás gema, centro e suspiro.

Sal, enfeite principal,

haverá na terra e nos coxos de bois.

Salvarás o guisado, abrirás a ferida.

Sal, serás no sempre, quase ouro e muito mais.

Que não nos falte, sal,

e de seu excesso, nos livre.

A não ser no bacalhau,

por obra de todos os navios,

Lusíada, mar do norte.

Sal, permaneçaras por aqui,

passeando no lombo cargueiro,

no charque, de sol e de feijoada,

salpicando feito luz o chão de todas as cozinhas.

Sal , saberás o churrasco e os camarões das receitas da nossa terra,

estarás até nos doces em pitadas essenciais.

Haverá de ser único na pipoca de todas as crianças

e para elas também nas batatas.

Fritas.

Sal, tal o fogo,serás centro, de tudo tudo.


Fonte: Teia Livre

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