quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Ser Jornalista...



Por Diego Barros

Aprendi a ter insônia;
a tirar leite de rocha e não de pedra;
a esperar o dia ir embora para sair de casa, no escuro;
a não ver meus amigos;
a vivenciar histórias tristes e outras engraçadas;
a passar no supermercado, às 4 horas da manhã, para lanchar.
Também fiz novos amigos como garçons, agente de trânsito, taxista, porteiros, seguranças, sacizeiros, travestis, prostitutas, vendedora de cachaça, pacaia e outras coisas... uma diversidade enorme de profissões!
Soube lidar com o novo, o inesperado.
Já imaginou como é e o que acontece, durante a madrugada, em Salvador?
Rachas na paralela;
Som alto em postos de combustíveis;
Incêndios e mais incêndios;
Acidentes para dar e vender;
Sem falar naquela sensação de medo, quando é preciso usar um certo colete. É, o colete a prova de balas.
E o que dizer dos bêbados que nos abordam, cobrando direito de imagem, supondo que estamos persseguindo quem está por perto!?
180 dias... quer dizer, madrugadas.
Para muitos, ver o dia amanhecer é poesia. Para mim, nostalgia...
Confesso que sair dos padrões da normalidade - dormir de dia e trabalhar à noite - foi um desafio!
Mas agora, a história se renova, assim como a vida.
Tudo muda quando nós fazemos o troca-troca!

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